Cogumelos Montanhês
Nossas Casas
Cada uma de nossas casas contém uma história, uma homenagem, uma referência a artistas e à cultura. Inspiraçoes. Veja mais sobre elas abaixo:
Casa Eliot
Ao fundar o espaço, cumprindo a óbvia necessidade de segurança e conforto, o pensar se demorou na forma. Cavamos e cobrimos com verde.
Carecia ouvir as estranhas emoções que nos conduziam ao jardim, às pedras, ao silêncio. Ornamentamos a porta que descia e no interior, guiou-nos a poesia de T.S.Eliot.
Deixamos ficar nas paredes, nas aberturas e na luz um pouco de seu afeto, e se as flores alí estão por Ele, estas são igualmente ao hóspede; sem a beleza, a educação, o humano não acontece.
Percebemos do Sr. T.S. Eliot, seu afeto misterioso e delicado ao telúrico, tentando um novo homem. A casa Eliot, cravada no chão, junto ao humus de onde viemos, tentou dialogar com seu mundo.
Casa Bauba
Algo entre caverna e abobadas nos orientava o pensar deste lugar. O nome Bauba, vindo de Pina Bausch e baobás (árvore africana) pareceu dialogar com as curvas almejadas. Tendo o prof. Paulo Cesa nos apresentado a obra do Sr. Eladio Dieste, nos deu caminho para trabalhar.
Os familiares acompanhavam entre o receio e a curiosidade. A emoção de habitar uma abóbada em curva animava e não tardou o sorriso aparecer. Outras curvas no interior surgiram e permitiram o todo de luz e sombra não ser interrompido. Uma emoção nova era viabilizada.
Se tiveres um tempo não logo ocupado com suas demandas, é possível receber o lugar. Luz e formas sugerindo novos afetos, diferente velocidade...
Casa Pina
Construimos uma rampa sobre um terreno cavado e transformamos esta em um jardim suspenso. Em baixo, uma pequena casa. Pensamos aposentos que poderiam fazer a bailarina Pina Bausch sorrir, caso nos visitasse.
Escrevemos alguns dos melhores haikais de Basho na entrada de uma alcova que serve de quarto e um pesado panô da artista Sahra Kaminski ornamenta a entrada. A porta da frente e as duas internas receberam formas estranhas e o resultado continua nos agradando.
Janelas circulares e duas de forma indefinidas evocam algo de brincadeira. Seguimos espargindo pela casa serenas alegrias, tentativas de um viver com mais significado.
“Eu quero sentir algo, como pessoa. Eu não quero ficar entediada.”
Casa Ozu
O Sr. Ozu, cineasta avesso aos discursos, delicado às amizades, artesão de um homem educado, com esta singela casa foi por nós homenageado. Gostamos de pensar dele sorrir ali dentro, com as brincadeiras nas aberturas, espaço e paredes. Baixa como caverna, as madeiras aparentes sustentando a cobertura de grama, o delicado banheiro alegra e as alcovas faz sorrir.
Embora pequena, ali se passeia se sentindo diferente.
Como OZU, que só filma delicadezas, percebo esta casa com acertivas gentilezas. Ficou bonito, assim deixo.
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